Poeta à luz sentado
vê na sombra, reflexo
da claridade em si, castrado
escuro, no puro sem nexo.
Desenhas letras audíveis
ao sabor do som silencioso
escreve no escuro, amores visíveis
caminhando à luz do assombroso.
Pé ante pé, de rasto lento
varre a poeira acumulada,
a sombra vagueando faz o vento
da memória antes sonhada (amordaçada).
Planeta de luz…
de vivas cores e formas,
a sombra, és tu quem seduz
o vulto que no brilho… contornas.
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