quarta-feira, janeiro 17, 2007

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E fez-se luz!
O fim de um novo inicio… morreu!
Morreu… na esperança de fazer sentido…
E a noite ainda longe, renasceu…
Dando luz a um outro eu adormecido.
Da névoa se fez a sorte…
Do azar floresceu uma rosa cravada de espinhos…
E daquelas mão que acarinhavam a morte…
Despertaram secretas vontades por outros caminhos.

Nascido nos avessos do teu interior…
Cresceu uma pérola sofrida…
E a saudade… a saudade pelo amor…
Alimenta-se no interior da sua própria ferida.

E há um dia que nasce ao deitar…
E há uma voz que o silêncio propaga…

Nada mais há senão a ilusão…
A ilusão de quem sonha ainda se perdoar
Pelos dias ausentes de chama…
Pelas noites constantes na combustão…
Pelas cinzas que vão pairando no ar….
Pelas tristezas que ainda se ama.

Vai longe, tão longe vai teu eco…

Segues clandestino no teu próprio barco…
Rumas à deriva neste teu imenso mar
E mergulhas bem fundo, até conseguires respirar…
A essência desta alma em que atraco.

E da luz se fez luz…
Que ilumina… que seduz…

segunda-feira, janeiro 01, 2007

A Lua de hoje...


Longe vai o dia… que o sol ajudou a vislumbrar…
E agora, agora és tu a rainha vestida nesse manto de luar…

Ficas senhora dos céus… invades tudo e todos com esse teu véu… e nós, que te avistamos de bem longe… contemplamos ao sabor da música da noite, os recados que vais pintando nos olhos de cada um.
Deixas aqui e ali, bocadinhos de ti… deixas que tua luz se espalhe… e dê um pouco mais de brilho aos nossos olhos… escutamos os recados que os olhares anónimos cravaram na tua aura azul… umas vezes vamos sorrindo, outras vezes ficamos pensativos, mas… deixamo-nos inundar por esse teu azul… sentimos o sal que os mares de lágrimas foram deixando em ti… sentimos o doce dos rios de sorrisos…

Que recados tens tu (para mim)… que azul intenso é esse que te circunda… (e me invade), que saudade transportas no corpo da tua alma… que desejos escondes ainda na sombra imensa que ainda te rodeia… Por mais que ilumines o meu caminho… por mais que me tentes direccionar o olhar para as estradas onde caminho… o teu luar não será nunca uma mera lâmpada... o teu luar, será sempre… a minha sombra.
(a sombra...sombreou por si)