sexta-feira, maio 19, 2006

Julguei...

Julguei… que fosses a suave maresia que envolve em orvalho as pétalas que o teu sorriso vai revelando aos poucos… mas… os teus olhos não são mais os raios de sol que outrora aqueciam as frescas manhãs marítimas…
Julguei… que poderias ser novamente a imagem reflectida na alma do meu olhar… mas não… és apenas neblina intensa que me conduz aos caminhos frios, duros e escorregadios das rochas encrostadas de algas…
Julguei… imensos cenários, mas… afinal… o mar aqui já não persiste… resta apenas a fina areia deste (agora) deserto! Sim… deserto… as ondas que o vento desenha na areia… não conseguem reavivar o teu sabor a mar… não existe mais esse mar… não existe mais... a presença do teu sal.

segunda-feira, maio 15, 2006

(:))...


De que me vale saber interpretar e ver certas coisas… se… não tiver quem me faça viajar?!

(a sombra...sombreou por si)

quinta-feira, maio 04, 2006

1 :)

Quantas vezes, um sorriso... não é mais que um refugio da moribunda dor...
Quantas vezes, um sorriso... é gesto, reflexo, esgar de sentimentos contorcidos no interior...
Quantas vezes, um sorriso... não é senão, meio de diversão para esconder um olhar comprometedor...
Quantas vezes, um sorriso... não vai além... da metáfora de um arco-íris sem cor....
Se um dia... o dia fosse a noite, veríamos claramente tanto daquilo que o dia teima em esconder...
Ele há sorrisos assim... que nos envolvem... nas invisíveis lagrimas que pensamos conter.

terça-feira, maio 02, 2006

365 Dias Após...

A uns dias atrás, este blog contou 365 dias de existência! Como é normal em muito dos blogs que conheço, é habitual fazer um post dedicado a este dia em particular! Convenhamos que eu não sou de dar grande valor a datas, principalmente aquelas que mais me dizem respeito, como sempre, foi mais um dia entre muitos outros.
Hoje resolvi olhar um pouco para trás e fazer um breve comentário a tudo aquilo que por aqui foi sendo escrito.
Vislumbrando daqui o passado, o presente não está assim tão diferente quanto isso… continuo a caminhar à base das entrelinhas, continuo revelando mais nos meus silêncios do que propriamente à luz de cada palavra que escrevo. Os dias em que há vontade de deixar aqui algo são largamente em maior quantidade do que aqueles que realmente me dedico a escrever na minha sombra!
E assim continua a minha sombra, vagueando ao som de um piano que toca muitas vezes, uma música diferente daquela que os dedos revelam. Aqui, não serão as teclas pretas ou brancas a colorir a música que se vai revelando, será sempre… a alma que vai colorindo a melodia, por mais transparentes que sejam as palavras, existe sempre uma cor… existe sempre a minha cor a revelar um possível tom (som) … existe sempre a minha sombra a moldar essa mesma cor…
Trezentos e sessenta e cinco dias depois…