domingo, março 12, 2006

Amor… feito pedra!

Um dia… houve alguém… que de tanto amar o mar… lhe voltou costas…
A música do seu olhar… ficou assim… feitiço de pedra…
Os braços que antes estendias, subiram aos céus… pedindo clemência… ajuda.
O mar ao longe… continua vigilante… tomando conta de ti…
Mesmo que de costas continues…
Mesmo que o consideres apenas e só uma enorme massa de sal…
Ele continuará a ser a tua música favorita…
As suas ondas… continuam sendo os teus sorrisos preferidos…
A maresia… o teu perfume de sempre…
Sim… eu sei… eu sei o porquê desse teu rosto de sofrimento…
Não… não é nada fácil querer imensamente estar longe…
Continuamente sentir tudo isso… assim ficaste… estátua de granito…
Cada onda (sorriso) que se esbate… cada gaivota que avistas no ar, é ciúme de morte para ti… cada murmúrio que ele entoa… é tua musica (teu sofrimento) preferida… cada pedaço daquele amor… que tanto queria esquecer… fez de ti… estátua fria, imóvel, dura… neste canto perdida…
- Sabes o segredo que induzes?! Querias tanto esquecer aquele amor… que acabaste por te esquecer de ti. Cada lágrima que tua alma verteu… por não sentir o coração pulsar… cristalizou… até neste estado te transformar.

(a sombra...sombreou por si)

terça-feira, março 07, 2006

[...]

Tenho tanto dentro de mim…
Que só o vazio consegue libertar…
Tenho aqui, tanto em mim…
Que só o sombrio consegue atear…
Distante mar… que sorris para o meu fim…
Minhas lágrimas… o corpo podem salgar…
Minhas sombras… a mente podem enclausurar…
Mas a alma, essa… continua livre em asas de cetim…
Agora…
Agora só quero mesmo… caminhar…
Caminhar…
Sobre a luz dos sorrisos que nas dunas tanto gostas de desenhar…

(a sombra...sombreou em si)