sexta-feira, novembro 04, 2005

Re(Pro)gresso...

Regressei! Durante uns tempos andei por aí… e este não foi um dos meus destinos… não estava longe, fui apenas até ali… ao infinito, e por lá me deixei ficar na sombra da minha própria sombra.
Progredi em torno deste regresso… vinculei-me à minha ausência e rumei… por caminhos travessos a este ponto de passagem. Na verdade, não sei bem se nesta encruzilhada de caminhos, alguma vez alguém se deixou atracar, mas por certo este também não será o porto mais seguro para o descanso do «marinheiro», aqui o tempo, é uma incerteza mais que certa. Num instante apenas, a calmaria que invade este espaço é absorvida pelas nuvens negras das tempestades… nunca em lado algum, tamanha calmaria provocou tanto desnorte.
Na minha sombra, a deriva é muito provavelmente alimentada pela (c)alma… é com ela que vou a espaços encontrando-me… derivando-me à deriva(da), chegou à primitiva razão… que não a matemática, mas à lógica emociona que os sentidos nos contradizem… e assim, (a)visto-me nos horizontes… uns dias primaveris, outros dias tempestuosos... mas, sempre em busca, lado a lado com ela própria, a minha sombra… que me persegue… a sombra que me foge… a sombra que em mim vai nascer… ate mesmo, as sombras que comigo vão morrer...
As imagens que nos vão invadindo o dia a dia interior, têm muito de estranho e cativante, conseguimos irradiar luz suficientemente forte e capaz… de nos cegar. Com um simples pestanejar… as cores rapidamente mudam… vêem-se facilmente as diferenças e as semelhanças… mas, muitas vezes, o segredo maior reside... na percepção do que na realidade, torna a diferença… diferente e a semelhança… semelhante!
Apesar de todos ser-mos muito diferentes uns dos outros… somos bem mais parecidos do que imaginamos! Mas…isso pouco importa, o que interessa mesmo é ter a alma suficientemente preenchida (mesmo com um imenso nada), para conseguirmos não só colorir as imagens… como também… cria-las.