quarta-feira, setembro 14, 2005

Se(n)tembro…

Verde… e mais verde… e mais verde ainda… de várias tonalidades… texturas… tudo aqui parece verde… sendo precisamente aqui… neste imenso verde, que eu deixo muito das minhas ideias amadurecer!
Esta é a visão que meus olhos captam… sim está é a minha janela, é aqui que meu ser reside; estou do lado de cá… dentro destas quatro paredes, no meu imaginário… a realidade de mim faz parte do interior externo que me envolve.
Verde… imenso verde… sinto que se fechasse agora mesmo as janelas do meu olhar, a imagem continuaria a perdurar dentro de mim. Cada vez mais sei e sinto, que é impossível apagar de nós… aquilo que é intrínseco à nossa existência… aquilo que nos faz realmente sentir que temos alma.
E assim… por esse mesmo motivo, as recordações deste meu pequeno mundo quadrangular, são precisamente aquelas… que residem (em mim) fora de mim. Por certo estas paredes sabem muito a meu respeito, mas… não me sinto exclusivo deste mundo mais físico… estou sim, mesmo que por fora, dentro daquele mundo.
É Setembro… sente-se o mês aqui… este é o mundo que habita em mim neste preciso espaço de tempo! Apesar de todo aquele verde, que as ultimas chuvas ajudara a reavivar, a coloração dentro em breve não será mais a mesma… toda a luz que nos surge… reluz unicamente à sombra dos nossos olhos… interiormente é sentido desde já o sabor a despedida, cl(amada) pelo vento… a mudança vai chegando até nós… não «em pezinhos de lã» mas… lançando desde as nuvens… uns pós mágicos… capazes de alterar a cor de tudo… desde o céu… passando pelos rios… depositando-se em cada partícula verde, transformando assim a cor… a personalidade… as motivações de tudo e todos.
Mas… é Setembro… e a magia do Outono ainda vai demorar um pouco a surgir… até lá… faço do mundo verde… o arco-íris que une duas margens bem distantes… coloridas por tons cinzentos… seja do/a cinza do espaço físico onde a alma reside… seja até mesmo da/o cinza que essa mesma alma… levanta sob nós.
Jardim de flores coloridas, não transformes em cinza(s) as pétalas quem em mim desmaiam!