segunda-feira, janeiro 23, 2006

(T)Eu...



Estou…
Estavas…
Serei eu este que sou…
Terei eu a alma que ancoravas…
Fui…
Vieste…
Fiquei longe de ti (isso se conclui…)
Escutando música de coração agreste…
Imagino…
Imaginavas…
Que o vento, será nosso hino…
Que o luar, seria reflexo com que me torturavas…
Senti…
Sente…
Que a sombra «daquela» árvore chora por ti…
Que o grito da coruja, tua sabedoria consente…
Lembro…
Lembrarias…
Das incandescentes folhas do frio Novembro…
Do calor da fogueira que aqui dentro acendias...
Penso…
Pensarás…
No que seria sem este nevoeiro intenso…
No que poderia ser, sem a dúvida voraz…
Sorrio…
Sorriste…
Do passado… da nascente deste rio…
Do leito… da foz futura que já não existe…
A preto e branco…
Com vivas cores a temperar….
Horizonte é aquele mesmo recanto…
Que nos leva, onde tudo volta a iniciar.
Eu vi…
Tu viste?!

(a sombra...sombreou aqui)

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Ves(z)...?!

(a sombra... sombreou aqui)

Era uma vez…
Uma vez que nunca chegou a ser…
Que por cansaço de tanto querer…
Morreu, antes mesmo de nascer.
Foi uma vez…
Tantas vezes numa só…
Presente, num passado perdido no pó…
Sem início, sem fim… numa música sem dó.
A força das minhas incógnitas…
Uma soma de vezes dividi…
O resto… no infinito descobri…
Refém da solução que sempre conheci.
Às vezes…
Caminho… par a par com a minha sombra…
Em rumo impar de tamanha ligação…
Seguimos diferentes, almejando a perdição…
No destino certo que evoca a razão.
Às vezes… (muitas vezes)
Perdemo-nos…
Eu da sombra…
A sombra de mim…
Por entre a vida (cor) deste jardim…
Fica apenas o trilho castrado (cinza) do (no) fim…