quinta-feira, dezembro 28, 2006

Ö!

Das palavras faço o vento… e com o vento escrevo nas linhas que os teus cabelos desenham. Deixo-me ondular nesse mar de aromas… e escrevo retratos a preto e branco que unicamente o luar deixa transparecer…
Escondo-me aqui… além…
Mostro-me unicamente no reflexo das tuas pálpebras… (é nelas que desenho os sonhos que vais viver durante a noite…)
Peço silêncio aos meus dedos para não acordar esse sorriso com que te deitas…
Pinto da cor do céu um oceano maior onde possas voar… deixo que o aroma da saudade invada esse teu mar de sal e... espero… (espero que o teu suspiro nocturno te desprenda as asas que escondes nos recantos mais sombrios do teu peito).
Tela inacabada pela ausência dos traços marcados da voz que não mais escutas… por mais que te pinte as feições cor de esperança… a textura de tua pele, revela apenas o deserto seco em que se tornou… a fria pedra que um dia o coração cultivou.