
Estou…
Estavas…
Serei eu este que sou…
Terei eu a alma que ancoravas…
Fui…
Vieste…
Fiquei longe de ti (isso se conclui…)
Escutando música de coração agreste…
Imagino…
Imaginavas…
Que o vento, será nosso hino…
Que o luar, seria reflexo com que me torturavas…
Senti…
Sente…
Que a sombra «daquela» árvore chora por ti…
Que o grito da coruja, tua sabedoria consente…
Lembro…
Lembrarias…
Das incandescentes folhas do frio Novembro…
Do calor da fogueira que aqui dentro acendias...
Penso…
Pensarás…
No que seria sem este nevoeiro intenso…
No que poderia ser, sem a dúvida voraz…
Sorrio…
Sorriste…
Do passado… da nascente deste rio…
Do leito… da foz futura que já não existe…
A preto e branco…
Com vivas cores a temperar….
Horizonte é aquele mesmo recanto…
Que nos leva, onde tudo volta a iniciar.
Eu vi…
Tu viste?!
(a sombra...sombreou aqui)